Com você eu me sinto em casa, não importa onde eu esteja. Tiro os sapatos, jogo minhas pernas em cima das suas e não importa que não tenha nenhum sofá ou televisão por ali. Só você basta. Eu me sinto a vontade em qualquer lugar estranho porque você está do meu ladinho, me sussurrando besteiras, rindo dos outros, sorrindo pra mim, pegando minhas mãos minhas costas minhas pernas, me puxando pra perto de você pra me encher de beijos e arrepios. Eu só consigo rir e me perguntar se é mesmo verdade. E me sentir a vontade por saber que é verdade sim, você é todo meu.
Com você eu me sinto em um daqueles jogos de verdade ou consequência por todas as coisas que me pede e todas as coisas que propõe. Não importa o que seja, jogo limpo, digo a verdade e me surpreendo com as perguntas absurdas cuja respostas nunca poderiam ser cogitadas como verdade. Gosto de quando você me provoca com os seus planos mirabolantes e eu só rio e concordo sem ninguém imaginar o que estamos tramando. Topo o que vier – mesmo sem esperar você terminar de explicar pra falar que topo.
Com você eu me sinto uma criança. Ou uma adolescente que ainda não quer crescer, pra ser mais específica. Com você eu brinco, me divirto e não quero nem saber que horas são. Gosto de a gente ser desencanado o bastante pra fazer o que quiser sem ligar pra aquelas pessoas chatas que vão nos olhar com o clássico ar de desgosto e dizer “nossa, que infantis!”. A gente é quem devia olhar pra elas com desgosto por se acharem tão “grandes” em cima dos saltos altos e não se permitirem se divertir do jeito mais divertido.
Com você eu me sinto a pessoa mais sortuda do mundo por te achado e também a mais esperta por ter te pegado logo pra mim. Você me faz sentir todas essas coisas juntas e eu nem sabia que dava pra ter tanto sentimento assim. Até hoje não sei se foi por sorte ou por descuido de alguém, mas agradeço seja lá como for por ter você só pra mim, me fazendo ser eu mesma a todo instante e em qualquer lugar.
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